28/12/09

Eles gostavam de ópera mas não sabiam!

Traduzido do site www.esoqueseconocecomolaopera.com

Um día qualquer de mercado, a música começa a soar entre as barracas de frutas e legumes. Fragmentos da Traviata de Verdi, interpretados no meio do Mercado Central de Valencia (Espanha). Os rostos dos clientes, surpreendidos com a magia da arte, nos fazem recuperar a confiança no bom gosto. O gosto pela boa fruta e legumes, o champagne, a música e a vida. Dis-frutem!

17/12/09

Bobby McFerrin fala de música e cultura

Resulta que Bobby McFerrin fala tão bem como canta...Nesta pequena intervenção, McFerrin fala do conceito de música em Africa, onde a arte não é identificada com peças concretas, nem com repertórios, mas sim está integrada na própria vida, de formas difíceis de compreender para um ocidental...
E no entanto, será bom fazermos o esforço de perceber...

Ver vídeo


My friend Yo-Yo Ma, when we first met, we were very, very interested in each other’s music. I was starting to work on conducting, and he was very interested in improvisation. So we had many, many conversations about this. And he knew that he had to do something for his music-making, that had something that would take him to a deeper place in himself. And so after a few years of talking about this, he went to Africa and he went to Botswana, he went to not a town but sort of out in a village somewhere. Lots and lots and lots of music-making and what have you. But in the beginning, there’s two stories that defined and shaped my musical life ever since I had heard them. “Well,” I thought “I have to make music like that.”
The first story is where when he arrived in this village, there was an interpreter who was trying to explain to the villagers that Yo-Yo Ma was going to play a concert at 7:30 at this place somewhere. And they had a hard time comprehending this for two reasons. One, they didn’t understand why they had to wait to hear music. Why did we have to wait to hear him play? And why do we have to leave where we are to go somewhere else to hear it. Because music was so integrated in their life. They had no concept of performance because music was so much a part of their lives, that there was no such thing as it. People were simply getting together and playing and they were celebrating everything. They were celebrating life, birth, harvest, hunting, you know, everything. So this I thought, “Okay I want to be the kind of musician where music is with me whether I’m on stage or not.” And when I’m on stage there’s nothing different except maybe the space. But what I’ve taken on stage with me is the same, it’s not different, it’s just being myself, the same self that I am just when I’m just getting out of bed in the morning, It’s the same musical self that I take with me on stage.
The second story is this: when Yo-Yo wanted to leave, when it was time to go—he’d been there for a couple of weeks, I think—he wanted to take some music with him to remind him about the experience. And the village shaman shared one of the village songs, and Yo Yo took out his manuscript so he could write it down. And the shaman is saying (singing notes) and Yo-Yo said, “Stop, I need to write this down.” So he writes it down. And he says, “Play it again, I want to make sure I got this right.” And the shaman sings (sings notes). And Yo Yo is saying But that’s not the piece you sang before. The shaman laughed and said “The first time I sang it there was a herd of antelope in the distance and a cloud was passing over the sun.” So this is the part that we lost. Every time a piece of music is played, one time there is a herd of antelope, and one time there’s not. And we turn in these cookie-cutter performances. Everything is so laid down and regimented and locked-in and so rehearsed, that they squeeze the life out of it. It no longer has any life in it because no one is open to surprise, no one is open to any spontaneous event that can happen. Everything is just dictated, and this is the way it’s gonna be. I think that’s the part that we’ve lost.

15/12/09

Paulo Gomes: O Jazz por dentro

Convite aberto a todos para ouvir o nosso colega Paulo Gomes na FEUP!

Segundo as palavras do próprio Paulo:

O JAZZ POR DENTRO

15 de Dezembro 2009, às 18.30

Auditório da Faculdade de Engenharia do Porto

Entrada livre

Trata-se de uma espécie de concerto comentado, com a actuação ao vivo de cinco músicos, durante o qual chamo a atenção da plateia para alguns dos aspectos que tornaram esta música um dos géneros artísticos de maior dimensão do sec XX.

O objectivo mais importante, é demonstrar que esta não é uma música elitista e executada apenas para ouvidos conhecedores, mas sim algo de fascinante e muito facilmente apreensível.

Este projecto foi pensado para ser divulgado ao ouvinte comum.

Por isso, através duma linguagem acessível e de exemplos apresentados num ambiente descontraído e informal, o público será surpreendido pela simplicidade de uma música frequentemente considerada complexa.

O quinteto de serviço é composto por:

Paulo Gomes – Piano e comentários

Fátima Serro – Voz

João Pedro Brandão - Saxofone e Flauta

Hugo Carvalhais – Contrabaixo

Leandro Leonet - Bateria

06/12/09

30/11/09

TOWARDS THE LIGHT: Documentário sobre A. Scriabin

Este documentário sobre a peculiar vida e música do compositor russo Alexander Scriabin(1872-1915) ilumina a compreensão da sua obra e das ideias misticas que foram a sua inspiração.
(Não se esqueçam de expandir a janela para ecrã inteiro).

Performance de Natasha Tsakos em TED

Achei esta apresentação/performance de Natasha Tsakos fascinante e inspiradora. Nem consigo dizer por quê agora, mas isso não interessa.
(Podem seleccionar legendas)

23/11/09

Lamento di Maria Stuarda, de Carissimi




Brevemente, teremos em classe uma sessão sobre esta peça de bravura, de Carissimi: o Lamento di Maria Stuarda. Maria Stuarda, ou Mary Stuart, foi a  rainha dos escoceses que viria a ser decapitada  no século XVI, após um longo periodo de prisão e a acusação de ter tentado assasinar a rainha Elizabeth.
A voz é de Patrizia Ciofi.


22/11/09

Luís Duarte - "Cuentos musicales"

À pedido do nosso colega Luís Duarte, deixo aqui a hiperligação para a página do Festival Internacional de Piano de S. Lorenzo de la Parrilla (Cuenca, Espanha), onde Luís e Lígia Madeira irão interpretar um programa de música francesa para 4 mãos, incluíndo peças de Debussy e Ravel, no dia 6 de Dezembro, às 19 horas.

http://www.festivalpianoparrilla.es/

Bobby McFerrin e o poder da escala pentatónica

Vejam só...

Sem PowerPoint, e sem palavras ... Apenas três minutos, e foi suficiente para uma experiência que os presentes não esquecerão facilmente...

21/11/09

Zander, ou A viagem de Si até Mi

Boa noite.Talvez seja por vir inspirado dum concerto de Sta. Cecília no Conservatório, em que os professores decidem celebrar num bonito ambiente de festa, a razão de todos nós sermos músicos...Ou talvez inspirado pelas vossas apresentações destas últimas semanas...

Na realidade não sei por quê, mas gostaria muito que dessem uma olhadela a esta bela apresentação de Benjamin Zander, sobre uma coisa bem intangível, que resiste à colocação de etiquetas ou títulos, mas que tenho certeza todos vocês entenderão bem. Serão 20 minutos ganhos, não perdidos!

19/11/09

Web 2.0 na sala de aulas

OK. Bem sei que muitos dos leitores, tanto de dentro da classe de Rep como de fora, provavelmente viram cá por motivos musicais. E sei também que alguns visitantes  poderá pensar que o nosso blog está a ficar ultimamente muito tecnológico nos seus conteúdos.

Felizmente, o formato do blog faz com que cada um possa escolher aquilo que lhe interessa, e ignorar o resto.

Escolhi esta apresentação por dois motivos. Como sabem, uma das funções em que nos desdobramos na aula é a de apresentadores de informação. E desta apresentação interessa-me tanto o formato como o conteúdo. O formato, como alguns reconhecerão é prezi. O conteúdo, riquisimo, recolhe exemplos concretos das formas que a pesquisa e a actividade criativa pode adoptar com os utensílios uqe a Web. 2.0 nos proporciona. Os mais curiosos poderão começar a magicar nesta  ideia: "Que terá isto a ver com a música?" Espero as vossas respostas e, de forma especial, as vossas perguntas...O que não significa que eu tenha as respostas...!

Fazer clic na seta central para avançar. Recomendo seleccionar Fullscreen na margen inferior direita. É possível interromper os vídeos e continuar com a apresentação.

Prezi

Ontem falava das novas ferramentas para a aprendizagem, e disse que voltaria sobre o tema, de forma mais específica.

Prezi é uma plataforma de apresentação. Pensem numa espécie de PowerPoint, mas com características bem especiais. Primeiro, não é um programa, mas sim um serviço accesível na internet (prezi.com) Prezi é uma ferramenta online totalmente diferente dos programas para a criação de apresentações em slide, a começar pelo simples facto de que o aplicativo não se limita ao espaço rectangular dos slides.

O usuário é apresentado à liberdade de organizar o conteúdo de forma pessoal num mapa visual, abrindo a possibilidade de criação de apresentações não-lineares. Escrevemos as palavras e colocamos as hiperligações, imagens e vídeos numa única tela, explorando formatos e tamanhos que serão visualizados quando o zoom é aproximado ou afastado da imagem principal.

Façam click sucessivamente na seta central par avançar. Visitem o site e abram uma conta gratuíta. Aprende-se em poucos minutos!

18/11/09

Aprender, sim, mas com ferramentas!

Ferramentas para aprender? Ufff!! Soa muito eduquês, já sei, mas desta vez até pode valer a pena. São 100 aplicações ou ideias ligadas ao mundo da tecnologia digital, e que servem como plataforma para comunicar, expressar, criar, pesquisar, armazenar, organizar, etc.
Encontrarão utensílios uteis para coisas como mind mapping, gravação, captura de imagem e vídeo, brain storming, teleconferencing, apresentação, gestão de documentos, etc. Por exemplo, se algum leitor não sabe exactamente o que é o mind mapping, parabéns! Afinal, sempre temos coisas para aprender!
Eu apliquei-me, e posso dizer que aprendi não 100 maneiras de aprender, mas sim pelo menos trinta e tantas das quais nem tinha ouvido falar, a maior parte gratuitas e muito accesíveis para alguém "pouco evoluído" tecnologicamente, como eu!
Algumas achei fascinantes, e muito relevantes para investigadores e apresentadores como nós. Já apresentarei alguma no blog, mas entre tanto fiquem com o saborzinho. O suporte é uma dessas tecnologias, slideshare, muito comum nas redes sociais, que permite, de forma simples, combinar informação gráfica, vídeo, hiperligações e som numa janelinha que pode ser mostrada numa web o blog.

Aula aberta de Introdução à Metodologia Científica

Aula aberta de Introdução à Metodologia Científica

Sexta –feira dia 20 de Novembro (10h30m – 11h40m)

“Música, Educação Artística e Interculturalidade: A alma da arte na descoberta do outro”


Maria do Rosário Sousa (Universidade Aberta)

17/11/09

Martha my dear: Beatles segundo Brad Mehldau

"Don't be fooled: the gracious surface charm of this song is more substantively belied by novel touches in the departments of form, phrasing and harmony than you might ever notice without a closer look"
(Allan W. Pollack, sobre Martha my Dear, dos Beatles)


Talvez os que assistiram à apresentação de Pedro sobre subdivissão no jazz lembrem alguns comentários que foram feitos sobre o pianista Brad Mehldau. Pedro referiu o seu extraordinário sentido rítmico, e falamos de versões de música pop realizadas no âmbito da música de jazz.

Bom, deixo aqui dois vídeos, um com a canção Martha my dear, dos Beatles (devo confessar, uma das minhas favoritas); o outro tem um maravilhoso e imaginativo "estudo" de Brad Mehldau sobre o conteúdo (não tão ingénuo assim!) da célebre canção.

No fim, deixo a ligação para um estudo musicológico da canção, da autoria de Allan W. Pollack, cuja leitura e exemplo recomendo vivamente para aqueles interessados em analizar música pop com propriedade e inteligência.



O diabólico Paganini

Os que assistiram à apresentação de Juan Mansilla sobre o Carnaval op. 9 de Schumann, lembrarão a súbita interrupção que Paganini, faz no meio da festa, atraindo todas as atenções com a sua magnética personalidade, fama e glamour. Na peça de Schumann a entrada de Paganini era apresentada como inoportuna e fora de lugar (uma consequência da fraca opinião de Robert pela música de Niccolò).
Para não deixar Paganini muito humilhado, pensei em traduzir este excelente post do jrtapia, que podem ler enquanto ouvem/vêm A Campanella, estudo de Liszt-PAganini tocado pelo Evgeny Kissin:


(Traduzido livremente do post "N. Paganini - F. Liszt: La campanella", no blog Audición y Apreciación musical):


A 9 de março de 1831, Niccolò Paganini dava seus primeiros concertos em Paris. Durante os anos anteriores muitas histórias corriam de boca em boca sobre este génio do violino, estranho e enervante. Quando, bem na década de quarenta, a sua figura misteriosa finalmente surgiu em Viena, Paris e Londres, para confirmar a legenda que lhe precedia, o efeito foi indescritível.

Um novo e demoníaco estilo performativo (estas é a palavra mais frequente em tudo o que foi escrito sobre Paganini), com um abandono selvagem, saltou dos seus dedos, acabando com a compostura de todos os que ouviram. O seu aspecto magro e murcho, e sua expressão selvagem eram os complementos aterradores da música que tocava. Não admira que lhe fossem atribuídos pactos com o diabo.

A sua paranóia chegou ao ponto de dar as partituras de suas obras para orquestra só para os ensaios, e recolhe-las imediatamente após o concerto, para evitar que fossem copiadas. Quase nada de sua produção foi publicada durante a sua vida.

Franz Liszt estava na platéia durante essa noite de 1831. Nunca se recuperou da experiência. "Durante duas semanas, a minha mente e minhas mãos eram as de um louco", ele escreveu para seu discípulo Pierre Wolff. "Prático quatro a cinco horas por dia ... Se eu não enlouquecer, você vai encontrar em mim um verdadeiro artista. Deus, quanto sofrimento e miséria, tanta agonia nessas quatro cordas!"

A magia pura de Paganini, o acrobata músico, deixou Liszt sem fôlego e o levou-o a desejar ser o Paganini do teclado. Mergulhou nos 24 Caprichos do italiano e, em 1838, apresentou a transcrição de cinco deles como Transcendental Etudes d'après Paganini. "Intocáveis", é o adjetivo mais suave que lhes foi atribuído. Intocáveis eram, de facto, pelo menos na sua primeira versão. Liszt realizou duas versões destes estudos, a primeira no mesmo ano de 1838, e a segunda e última em 1851, um ano antes de escrever uma das maiores obras já compostas para o piano: a Sonata em Si menor.

A versão 1851, que é a mais comum hoje, foi intitulada Grandes Études de Paganini. Além das cinco transcrições dos Caprichos, a série incluia uma transcrição do segundo movimento do Concerto para Violino em Si menor do genovês: La Campanella. A transcrição para piano é em Sol # menor.

Para os mais curiosos, este documentário fascinante sobre a figura de Paganini

"Paganini's Daemon : A Most Enduring Legend". Vale a pena!

Six Épigraphes Antigues - Debussy (II)

Aproveito esta mensagem para deixar a apresentação de slides do Luís Duarte, sobre esta peça de Debussy. Podem ouvir novamente a música e ler a partitura neste post publicado no dia 28/10/09.
Six Epigraphes Antiques_Debussy

16/11/09

Anthony Plog: Three miniatures for tuba and piano

Uma das sessões da próxima 6ª feira, dia 20 de Novembro, terá como objecto as Três Miniaturas para tuba e piano, do compositor norte-americano Anthony Plog.

Como sempre, deixo aqui a partitura e uma versão em vídeo da peça, para criar uma familiaridade com a música antes da apresentação.

Nota: como verão, na partitura estão desactivadas as funções de download e de impressão, por estar a música ainda sob direitos de autor. Enquanto ao vídeo, não será a versão ideal, particularmente no que toca à qualidade do som, mas será suficiente, espero, para formar uma ideia da música.


3 Miniatures PLOG


12/11/09

Robert Schumann - Carnaval op. 9

Amanhã, dia 13 de Novembro teremos uma apresentação sobre o Carnaval, op. 9 de Schumann, a cargo de Juan Mansilla. Carnaval foi escrita no período de 1834-1935. É subtitulada Scènes mignonnes sur quatre notes. Consiste de 22 peças para piano conectadas por um motivo recorrente.

As seções de Carnaval são as seguintes:

1. Préambule (Lá bemol)
2. Pierrot (Mi bemol)
3. Arlequin (Si bemol)
4. Valse noble (Si bemol)
5. Eusebius (Mi bemol; em alusão à calma, ao lado ponderado do compositor)
6. Florestan (Sol menor; em alusão ao lado furioso e impetuoso do compositor)
7. Coquette (Si bemol; em alusão ao criado galanteador da casa de Friedrich Wieck)
8. Réplique (Sol menor)
Sphinxes
9. Papillons (Si bemol)
10. A.S.C.H. - S.C.H.A: Lettres Dansantes (Mi bemol)
11. Chiarina (Dó menor; em alusão à Clara Wieck)
12. Chopin (Lá bemol)
13. Estrella (Fá menor; em alusão à Ernestine von Fricken)
14. Reconnaissance (Lá bemol)
15. Pantalon et Colombine (Fa menor)
16. Valse Allemande (Lá bemol; valsa alemã)
Intermezzo: Paganini (Fá menor; que é uma reprise da Valse Allemande)
17. Aveu (Fá menor)
18. Promenade (Ré bemol)
19. Pause (Lá bemol; conduzindo diretamente sem pausa para...
20. Marche des "Davidsbündler" contre les Philistins (Lá bemol, em que algumas citações de certas seções anteriores reaparecem transitoriamente).

Schumann - Carnaval, Op 9









09/11/09

KIVA, empréstimos que mudam vidas


Este post, excepcionalmente, não é sobre música. Mas é sobre harmonia.

KIVA é uma organização através da qual qualquer pessoa pode emprestar, de forma segura, uma pequena quantidade de dinheiro para ajudar outro ser humano a por em pé um negócio.

KIVA trabalha no terreno com inúmeras organizações locais que seleccionam os projectos.

Não é caridade. É um empréstimo. A KIVA tem uma percentagem de sucesso na devolução dos empréstimos próxima do 100%. É microcrédito, uma ideia com o potencial para mudar o mundo.
Quando recebes de volta a quantidade que emprestaste, podes ficar com o teu dinheiro ou escolher outra pessoa para ajudar.

Eu emprestei os meus primeiros $25, uns €19. Digo isso apenas para confirmar a seriedade da organização, que conta com um curriculum invejável.

Digo isso também para expressar a minha emoção por ter ajudado, de forma tão fácil, um agricultor de Tajikistão. Com as minhas moedas, atingiu o montante que precisava. Fiquei emocionado não por mim, mas por ver a enorme rede de pessoas que se juntam em KIVA para ajudar. O dinheiro movimentado globalmente é uma quantidade inacreditavelmente alta.

Se visitarem KIVA, ou lerem esta brochura, talvez sintam a força dessa multidão. Passem a palavra, se julgam apropriado!

KIVA Flier Carregar em FullScreen



Bach nesta 6ª


Nesta 6ª feira, 13 de Novembro, uma das apresentações em classe será dedicada à Fuga #18, em G# menor, do Cravo Bem Temperado (livro II). Deixo aqui um vídeo da Angela Hewitt, com a interpretação do Preludio e Fuga. A intérprete também fala brevemente sobre a música. Espero que achem interessante.

WTK II G#m.




06/11/09

Jazz Perspectives (revista)


Para os nossos caros colegas jazzistas/investigadores, e todos os interessados em geral, apresento esta publicação académica, JAZZ PERSPECTIVES, cujos números desde o ano 2007 podem ser consultados na base de dados EBSCO.

Até produziram um vídeo para aumentar a sua visibilidade.

Extraído, e livremente traduzido, do site da revista:

Como revista acadêmica com um prestigiado conselho editorial internacional de estudiosos de jazz, Jazz Perspectives proporciona um fórum amplo para promover o diálogo acadêmico disciplinar entre toda a comunidade acadêmica do jazz. Nossa missão é estimular o estudo internacional e a valorização do rico legado do jazz, e das suas muitas tangentes musicais e culturais, tanto do passado como do presente. A revista serve de ponte entre o jazz como música e o jazz como cultura partilhada e os estudos de jazz contemporâneo. Também, para promover uma perspectiva internacional mais abrangente da tradição do jazz e do seu legado. As páginas da revista são dedicadas a todos os aspectos - e todas as abordagens - do jazz. A revista é uma plataforma aberta para a investigação histórica, análise de músicas, e dos estudos culturais. Inclúi ainda análises e ensaios significativos sobre literatura recente e novas gravações e mídia.
www.tandf.co.uk/journals/jazz

We also loves you, Porgy!

Uma próxima apresentação no dia 20 de Novembro, irá introduzir alguma informação sobre a tradição jazzistica, nomeadamente o conceito de "canon" ou repertório dentro de uma actividade que é caracterizada pela transformação do material de origem através da prática da improvisação. Que define um standard? Existe tradição notacional? Que parâmetros musicais são transmitidos pela notação abreviada ou leadsheet? Quais são as estratégias de preparação dos músicos de jazz para o palco?
A apresentação de Paulo Gomes usará como foco e exemplo a maravilhosa I loves you Porgy de G. Gershwin, da ópera Porgy & Bess, obra que bem representa a confluência de estilos e tradições musicais - falo do jazz e a chamada "música clássica" - aparentemente separados por um abismo cultural, e no entanto, tão próximos nas suas fontes e matérias primas (o som, os acordes tríades, a tonalidade, a forma, etc.)

I Loves You Porgy

Deixo aqui dois vídeos que têm I loves you Porgy como ponto de partida.
Para abrir o apetite, e tirado de um concerto em directo de Keith Jarrett, o primeiro vídeo mostra, na minha opinião, a capacidade imensa de reelaboração deste músico extraordinário. A reharmonização surpreendente, que ilumina cantinhos da canção que julgávamos conhecer bem; o tratamento contrapuntístico, que nos leva a um mundo distante da canção original, e no entanto surge organica e naturalmente dela; a forma ingénua como ele usa a melodia da parte central como introdução...
(sim, já sei que a experiência de alguns ficará estragada pelas caretas e contorsões corporais de Jarrett; eu tento ouvir e não olhar muito para ele!)


O segundo, tirado do site de Dough Mackenzie, ilustra com ajuda da notação automática e a análise "em tempo real", a música que se va ouvindo.

05/11/09

O. MESSIAEN: Le Merle Noir

Olivier Messiaen é uma das figuras mais influentes na música do século XX. Embora a sua música não fosse bem recebida nos seus começos, acabou por ganhar o respeito internacional e conseguiu impor uma linguagem musical vincadamente pessoal, emocional e impregnada por uma religiosidade profunda. Esta linguagem é alimentada por diversas fontes , com um interesse na natureza que resulta evidente nos Oiseaux exotiques e no Catalogue d'Oiseaux. Paralelamente, desenvolveu uma forma de serialismo que foi diversamente interpretada. Le merle noir, para flauta e piano, foi escrita em 1951 como um morceau de concours para o Conservatório de Paris. A sua inspiração deriva do canto dos pássaros.


Uma próxima apresentação terá como objecto esta emblemática peça do repertório de flauta e piano. Proponho uma audição/leitura para aproveitarmos melhor a sessão (notem que a peça começa no minuto 0'44").



messiaen-merle-noir


Esta partitura está sob direitos de autor. A partitura é apenas apresentada como guia da audição. A descarga e impressão estão desactivados.

31/10/09

Rir com musicalidade

Literalmente, sem palavras, mas (espero) com muitos risos...





28/10/09

Six Épigraphes Antiques (C. Debussy)

Deixo aqui um convite para ouvir/ler esta bonita peça de Debussy, que será proximamente objecto de uma apresentação em classe.

Podem visualizar a partitura e ouvir cada um dos 6 Epigraphes numa janela separada de vídeo

Para ver a apresentação de slides utilizada na apresentação, fazer clic aqui

SCORE Debussy SixEpigraphesAntiques4hds











Debussy e Feux d'artifice


O primeiro volume dos Préludes foi composto apenas em dois meses (entre o início de Dezembro de 1909 e início de Fevereiro de 1910).

Feux d'artifice, o prelúdio com que Debussy conclui os seus dois volumes de Prelúdios, é notável, não tanto pelas suas inovações e efeitos de pirotecnia, como pelo carácter visionário e a sua antecipação dos estilos de composição do futuro. Feux d'artifice pode ser descrito como uma composição totalmente atonal, porque a sua estrutura harmónica carece de qualquer ponto de referência tonal coerente. A impressão de novidade é ainda reforçada pelo carácter fragmentado de sua forma e material temático.

Apresento neste vídeo uma breve análise e performance de Feux d'artifice. Podem visualizar paralelamente a partitura (é preciso descer até a página 66 do Cahier II completo).






25/10/09

Partitura viva!

Este vídeo foi realizado com a técnica de animação stop motion (que trabalheira!). A música é de Aaron Copland, do Ballet Rodeo (1942). A autora é Eleanor Stewart e este é o seu projecto final na Glasgow School of Art.


Hoedown from Rodeo from Eleanor Stewart on Vimeo.

Para além da partitura, com a Chicago Symphony Orquestra

Este é o vídeo de apresentação do programa Beyond the Score, da Chicago Symphony Orquestra. Nele os responsáveis pelo programa oferecem dinamicamente uma ideia do que pode ser visto na série, incluíndo referencias ao Concerto 27 de Mozart, A Sagração da Primavera, The Miracolous Mandarin, Sinfonia 4 de Shostakovitch, etc.

O vídeo contém imagens de alguns dos espectáculos produzidos no Chicago Symphony Hall. Neles, a música apresentada é sublinhada com imagens, comentário de narradores e dramatizações, na tentativa de tornar a música mais próxima do público. Vejam este "resumo" de 7 minutos e provavelmente ficarão com vontade de mais...

A Odisseia Musical de Luciano Berio

Sequenza 7 de Luciano Berio


A New York Philarmonic disponibiliza online alguns interessantes capítulos temáticos, que servem como preparação para a audição viva das peças programadas nos seus concertos.

Destaco aqui uma panorâmica multimédia sobre Luciano Berio, LB's Musical Odyssey, que junta excertos da sua música, vídeo, informação biográfica, comentários sobre as peças, entrevistas com os músicos da orquestra, etc.

O conjunto está estruturado em diversas secções que incluem as Sequenzas, as Folk Songs, Rendering para orquestra, e a Sinfonia para 8 vozes e orquestra.
NB - Procurem o enlace fazendo scroll até metade da página, e boa odisseia!

http://nyphil.org/education/insightsSeries.cfm

21/10/09

Fuga nº. 9: Mi M. (O Cravo bem Temperado, Livro I)

Abrindo caminho para algumas apresentações futuras na classe, sobre o tema do contraponto e da forma prelúdio e fuga, peço a vossa atenção para este interessante trabalho de Timothy A. Smith. Integrando sabiamente áudio, animação e comentário (podem optar pela tradução portuguesa), visita a maior parte dos prelúdio e fugas do Cravo bem Temperado com uma perspectiva sempre nova.

Nesta discussão da Fuga nº 9 em Mi M, do Livro I, relaciona a geração do tecido contrapuntístico com algumas ideias e processos da ciência genética. Na minha opinião, é um excelente, conciso e bem argumentado comentário sobre uma peça de repertório.
A explicação completa, também em versão portuguesa, pode ser lida em formato pdf no URL http://jan.ucc.nau.edu/~tas3/wtc/i09.html#movie

Esta ligação é apenas para a fuga em causa, mas recomendo uma visita ao site, também.

Fugue No. 9: E Major (Well-Tempered Clavier Book I)

20/10/09

Nascida do medo: a 5ª sinfonia de Dimitri Shostakovich




“I think it is clear to everyone what happens in the Fifth. The rejoicing is forced, created under threatIt’s as if someone were beating you with a stick and saying, ‘Your business is rejoicing, your business is rejoicing…”
— palavras atribuídas a Shostakovich muitos anos depois de ter escrito a sua 5ª sinfonia

Rússia, 1937: no momento mais dramático do poder stalinista, o Partido Comunista denunciou as obras mais recentes de Dmitri Shostakovich. Temendo pela vida, o jovem compositor escreveu uma sinfonia que terminava com uma marcha vibrante. Para muitos, este final soou falso, oco. Ainda hoje, é questão de debate aquilo que Shostakovich queria dizer. A sinfonia foi criada para celebrar o regime de Stalin? Será que ela contem mensagens escondidas protestando contra o próprio sistema que parecia apoiar? (traduzido livremente do site Keeping Score)

Mais uma apresentação do excelente programa Keeping Score, patrocinado e apresentado pelo Michael Tilson Thomas e a Orquestra Sinfónica de S. Francisco.

Nascida do medo: a 5ª sinfonia de Dimitri Shostakovich


Uma exploração multimédia duma das mais célebres sinfonias de Shostakovich .

Masterclasses de Contrabaixo e Flauta na ESMAE

Masterclasse de Contrabaixo Dan Styffe 2009


ESMAE Materclasse Flauta_

18/10/09

Music and the Brain ~ How Music Can Change the Brain : Music Instinct | PBS

Oliver Sacks diz neste vídeo:

"Eu disse antes que não há um centro (cerebral) para a música. E uma das coisas que é agora evidente a partir de imagens cerebrais é que a música pode envolver muitas partes diferentes do cérebro, partes especiais que respondem à altura, à frequência, ao timbre, ao ritmo, ao contorno melódico, à harmonia etc. Na verdade, podemos dizer que o cérebro está envolvido em maior medida na percepção e resposta à música do que esta no processamento da língua ou de qualquer outra coisa. Um aspecto disto é que, olhando para uma imagem cerebral , muitas vezes você pode distinguir o cérebro dos músicos dos cérebros dos não-músicos porque certas partes do cérebro são expandidas em resposta à música. Tanto assim que você pode ver as mudanças a olho nu. Não se coloca essa questão com o cérebro de um matemático ou um artista visual. Mas somos capazes de dizer "este é o cérebro de um músico".


Music and the Brain ~ How Music Can Change the Brain : Music Instinct PBS

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06/10/09

Ciclo das Sinfonias de Gustav Mahler

“It is always the same with me; only when I experience something do I compose, and only when composing do I experience! After all, a musician's nature can hardly be expressed in words.”—Gustav Mahler
Regresso ao site do Carnegie Hall para referir uma série de páginas que se debruçam sobre diversas obras ou grupos de obras. A que quero apresentar hoje oferece uma visão geral, muito interessante e informativa, sobre o ciclo monumental das 10 sinfonias de Mahler.
Esta página contém uma visão de conjunto, desde a qual podem ser obtidas mais informações sobre cada sinfonia. O texto contem oportunas referências sonoras que podem ser apreciadas sem abandonar a página.
Espero que este site possa servir como mais um exemplo das formas criativas em que podemos articular um discurso ameno e informativo à volta do repertório.
Podem visualizar e descarregar as partituras das sinfonias de Mahler aqui.

02/10/09

Partita nº4 em Ré M, de Bach, em Listening Notes

O programa, já lendário, da BBC-3 Discovering Music-Listening Notes poderá ser interessante para muitos amantes da música. De forma relaxada, mas muito bem documentada, o programa visita obras do repertório (algumas estabelecidas, mas também sem esquecer a nova música), e fornece ao ouvinte/internauta um guia para a audição.

A informação é apresentada de forma acesível e organizada. Faço este destaque da presença do abundante material do programa Listening Notes na internet, entre outros motivos, porque o programa também constitui um bom exemplo de como se pode criar um discurso interessante e informativo sobre o repertório, sem perder o rigor e ao mesmo tempo, sem se tornar inacesível.

Voltaremos ao Listening Notes neste blog. Para já, podem visitar o que eles construiram a volta da Partita nº4 em Ré M, de J.S. Bach

30/09/09

3as Jornadas de Medicina e Artes do Espectáculo

Embora seja um pouco fora do assunto deste blog, também não podemos passar a nossa vida a falar apenas de Repertório.

Por isso aproveito para divulgar as 3as Jornadas de Medicina e Artes do Espectáculo, que decorrerá na próxima quinta feira dia 1 de Outubro (dia Mundial da Música), na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto entre as 9h30m e as 18h00. A participação é gratuita!

No site poderão encontrar o programa e a ficha de inscrição (gratuita e obrigatória)

29/09/09

Uma historia da música afro-americana no site do Carnegie Hall

Uma producção do Carnegie Hall site, esta apresentação multimédia representa o melhor da net. Uma viagem cronológica através dos diversos estilos e influências que foram povoando a história da música afroamericana.

Nesta linha do tempo, poderão seleccionar items como "Folk Gospel", "Rural Blues", "Hard Bop" ou "Rap/Hip Hop". Todas as manifestações estão oportunamente estruturadas dentro de três tradiciones: sagrada (i.e. gospel); secular (i.e. R&B) , jazz (i.e. jazz fusion). São três séculos de apaixonante história!

Cada tradição pode ser explorada de forma não linear, seguindo os interesses pessoais. No caminho, encontrarão exemplos musicais, gráficos e relevantes explicações em texto.

Uma jóia!

http://www.carnegiehall.org/honor/history/index.aspx

28/09/09

Leon Fleisher: As ultimas sonatas para piano de F. Schubert

O memorável e ainda vibrante Carnegie Hall tem uma importante presença na web. Uma rede de espaços diversificados cuja visita regular recomendo vivamente. Já apresentamos os quartetos de corda de Bartok pelo Emerson Quartet, desta mesma série, na lista de enlaces na coluna direita deste blog.

Agora queria apresentar as ultimas 4 sonatas para piano de Schubert, vistas sob a perspectiva de Leon Fleisher. O site inclui vídeo com interessantes masterclasses, audição e visualização da partitura e outros materiais de apoio. Não percam!

Deixo ainda um enlace para um artigo interessante sobre três destas sonatas (wikipedia)

25/09/09

Marcus Roberts toca o Concerto em Fá de G. Gershwin

Este é, na minha opinião, um exemplo excelente de criatividade "expandida". Ouvimos a deliciosa e já "clássica" peça de Gershwin, mas desta vez (e)levada a um novo patamar de elaboração e criação. Marcus Roberts, fabuloso pianista, talvez mais conhecido pela sua extensa colaboração com Winton Marsalis, actua aqui como solista inspirado que expande a partitura original de Gerswhin, devolvendo-a directamente à fonte onde ela foi originada: o jazz e a improvisação.

O concerto em Fá de G. Gershwin, na Wikipedia.








Tilson-Thomas sobre a Sinfonia Fantastica de Berlioz

Em 1827, Hector Berlioz escreveu uma sinfonia "fantástica", criada com um tema especial, uma ideia fixa, que representava o objecto do seu desejo, a actriz Harriet Smithson. Segue nesta apresentação a expressão as vezes romántica, as vezes grotesca do tema de Harriet e conhece a circunstâncias que levaram à construcção de esta delirante obra da fantasia.

Keeping Score, o programa dirigido por Michael Tilson-Thomas fixa desta vez a sua atenção nesta obra prima do romantismo musical.

Como sempre nesta série, existe a possibilidade de seguir a partitura durante a audição, e de explorar as circunstâncias em que a peça foi composta.

Charles Ives, visitado em Keeping Score

A sinfonia Holidays, de Charles Ives, é visitada nesta fabulosa producção multimédia liderado por Michael Tilson-Thomas, com a S. Francisco Shymphony.

Para além de conhecer ou relembrar esta maravilhosa e evocativa música, esta apresentação é deixada aqui como um exemplo de exploração e elaboração significativa de um discurso à volta de uma peça de repertório. Aprendamos todos dela!

“What is most striking … is the contrast between the ‘homely’ program attached to the piece and the incredibly complex means for achieving it.”

(Aaron Copland writing about Ives’s Holidays Symphony)