21/11/09

Zander, ou A viagem de Si até Mi

Boa noite.Talvez seja por vir inspirado dum concerto de Sta. Cecília no Conservatório, em que os professores decidem celebrar num bonito ambiente de festa, a razão de todos nós sermos músicos...Ou talvez inspirado pelas vossas apresentações destas últimas semanas...

Na realidade não sei por quê, mas gostaria muito que dessem uma olhadela a esta bela apresentação de Benjamin Zander, sobre uma coisa bem intangível, que resiste à colocação de etiquetas ou títulos, mas que tenho certeza todos vocês entenderão bem. Serão 20 minutos ganhos, não perdidos!

19/11/09

Web 2.0 na sala de aulas

OK. Bem sei que muitos dos leitores, tanto de dentro da classe de Rep como de fora, provavelmente viram cá por motivos musicais. E sei também que alguns visitantes  poderá pensar que o nosso blog está a ficar ultimamente muito tecnológico nos seus conteúdos.

Felizmente, o formato do blog faz com que cada um possa escolher aquilo que lhe interessa, e ignorar o resto.

Escolhi esta apresentação por dois motivos. Como sabem, uma das funções em que nos desdobramos na aula é a de apresentadores de informação. E desta apresentação interessa-me tanto o formato como o conteúdo. O formato, como alguns reconhecerão é prezi. O conteúdo, riquisimo, recolhe exemplos concretos das formas que a pesquisa e a actividade criativa pode adoptar com os utensílios uqe a Web. 2.0 nos proporciona. Os mais curiosos poderão começar a magicar nesta  ideia: "Que terá isto a ver com a música?" Espero as vossas respostas e, de forma especial, as vossas perguntas...O que não significa que eu tenha as respostas...!

Fazer clic na seta central para avançar. Recomendo seleccionar Fullscreen na margen inferior direita. É possível interromper os vídeos e continuar com a apresentação.

Prezi

Ontem falava das novas ferramentas para a aprendizagem, e disse que voltaria sobre o tema, de forma mais específica.

Prezi é uma plataforma de apresentação. Pensem numa espécie de PowerPoint, mas com características bem especiais. Primeiro, não é um programa, mas sim um serviço accesível na internet (prezi.com) Prezi é uma ferramenta online totalmente diferente dos programas para a criação de apresentações em slide, a começar pelo simples facto de que o aplicativo não se limita ao espaço rectangular dos slides.

O usuário é apresentado à liberdade de organizar o conteúdo de forma pessoal num mapa visual, abrindo a possibilidade de criação de apresentações não-lineares. Escrevemos as palavras e colocamos as hiperligações, imagens e vídeos numa única tela, explorando formatos e tamanhos que serão visualizados quando o zoom é aproximado ou afastado da imagem principal.

Façam click sucessivamente na seta central par avançar. Visitem o site e abram uma conta gratuíta. Aprende-se em poucos minutos!

18/11/09

Aprender, sim, mas com ferramentas!

Ferramentas para aprender? Ufff!! Soa muito eduquês, já sei, mas desta vez até pode valer a pena. São 100 aplicações ou ideias ligadas ao mundo da tecnologia digital, e que servem como plataforma para comunicar, expressar, criar, pesquisar, armazenar, organizar, etc.
Encontrarão utensílios uteis para coisas como mind mapping, gravação, captura de imagem e vídeo, brain storming, teleconferencing, apresentação, gestão de documentos, etc. Por exemplo, se algum leitor não sabe exactamente o que é o mind mapping, parabéns! Afinal, sempre temos coisas para aprender!
Eu apliquei-me, e posso dizer que aprendi não 100 maneiras de aprender, mas sim pelo menos trinta e tantas das quais nem tinha ouvido falar, a maior parte gratuitas e muito accesíveis para alguém "pouco evoluído" tecnologicamente, como eu!
Algumas achei fascinantes, e muito relevantes para investigadores e apresentadores como nós. Já apresentarei alguma no blog, mas entre tanto fiquem com o saborzinho. O suporte é uma dessas tecnologias, slideshare, muito comum nas redes sociais, que permite, de forma simples, combinar informação gráfica, vídeo, hiperligações e som numa janelinha que pode ser mostrada numa web o blog.

Aula aberta de Introdução à Metodologia Científica

Aula aberta de Introdução à Metodologia Científica

Sexta –feira dia 20 de Novembro (10h30m – 11h40m)

“Música, Educação Artística e Interculturalidade: A alma da arte na descoberta do outro”


Maria do Rosário Sousa (Universidade Aberta)

17/11/09

Martha my dear: Beatles segundo Brad Mehldau

"Don't be fooled: the gracious surface charm of this song is more substantively belied by novel touches in the departments of form, phrasing and harmony than you might ever notice without a closer look"
(Allan W. Pollack, sobre Martha my Dear, dos Beatles)


Talvez os que assistiram à apresentação de Pedro sobre subdivissão no jazz lembrem alguns comentários que foram feitos sobre o pianista Brad Mehldau. Pedro referiu o seu extraordinário sentido rítmico, e falamos de versões de música pop realizadas no âmbito da música de jazz.

Bom, deixo aqui dois vídeos, um com a canção Martha my dear, dos Beatles (devo confessar, uma das minhas favoritas); o outro tem um maravilhoso e imaginativo "estudo" de Brad Mehldau sobre o conteúdo (não tão ingénuo assim!) da célebre canção.

No fim, deixo a ligação para um estudo musicológico da canção, da autoria de Allan W. Pollack, cuja leitura e exemplo recomendo vivamente para aqueles interessados em analizar música pop com propriedade e inteligência.



O diabólico Paganini

Os que assistiram à apresentação de Juan Mansilla sobre o Carnaval op. 9 de Schumann, lembrarão a súbita interrupção que Paganini, faz no meio da festa, atraindo todas as atenções com a sua magnética personalidade, fama e glamour. Na peça de Schumann a entrada de Paganini era apresentada como inoportuna e fora de lugar (uma consequência da fraca opinião de Robert pela música de Niccolò).
Para não deixar Paganini muito humilhado, pensei em traduzir este excelente post do jrtapia, que podem ler enquanto ouvem/vêm A Campanella, estudo de Liszt-PAganini tocado pelo Evgeny Kissin:


(Traduzido livremente do post "N. Paganini - F. Liszt: La campanella", no blog Audición y Apreciación musical):


A 9 de março de 1831, Niccolò Paganini dava seus primeiros concertos em Paris. Durante os anos anteriores muitas histórias corriam de boca em boca sobre este génio do violino, estranho e enervante. Quando, bem na década de quarenta, a sua figura misteriosa finalmente surgiu em Viena, Paris e Londres, para confirmar a legenda que lhe precedia, o efeito foi indescritível.

Um novo e demoníaco estilo performativo (estas é a palavra mais frequente em tudo o que foi escrito sobre Paganini), com um abandono selvagem, saltou dos seus dedos, acabando com a compostura de todos os que ouviram. O seu aspecto magro e murcho, e sua expressão selvagem eram os complementos aterradores da música que tocava. Não admira que lhe fossem atribuídos pactos com o diabo.

A sua paranóia chegou ao ponto de dar as partituras de suas obras para orquestra só para os ensaios, e recolhe-las imediatamente após o concerto, para evitar que fossem copiadas. Quase nada de sua produção foi publicada durante a sua vida.

Franz Liszt estava na platéia durante essa noite de 1831. Nunca se recuperou da experiência. "Durante duas semanas, a minha mente e minhas mãos eram as de um louco", ele escreveu para seu discípulo Pierre Wolff. "Prático quatro a cinco horas por dia ... Se eu não enlouquecer, você vai encontrar em mim um verdadeiro artista. Deus, quanto sofrimento e miséria, tanta agonia nessas quatro cordas!"

A magia pura de Paganini, o acrobata músico, deixou Liszt sem fôlego e o levou-o a desejar ser o Paganini do teclado. Mergulhou nos 24 Caprichos do italiano e, em 1838, apresentou a transcrição de cinco deles como Transcendental Etudes d'après Paganini. "Intocáveis", é o adjetivo mais suave que lhes foi atribuído. Intocáveis eram, de facto, pelo menos na sua primeira versão. Liszt realizou duas versões destes estudos, a primeira no mesmo ano de 1838, e a segunda e última em 1851, um ano antes de escrever uma das maiores obras já compostas para o piano: a Sonata em Si menor.

A versão 1851, que é a mais comum hoje, foi intitulada Grandes Études de Paganini. Além das cinco transcrições dos Caprichos, a série incluia uma transcrição do segundo movimento do Concerto para Violino em Si menor do genovês: La Campanella. A transcrição para piano é em Sol # menor.

Para os mais curiosos, este documentário fascinante sobre a figura de Paganini

"Paganini's Daemon : A Most Enduring Legend". Vale a pena!

Six Épigraphes Antigues - Debussy (II)

Aproveito esta mensagem para deixar a apresentação de slides do Luís Duarte, sobre esta peça de Debussy. Podem ouvir novamente a música e ler a partitura neste post publicado no dia 28/10/09.
Six Epigraphes Antiques_Debussy

16/11/09

Anthony Plog: Three miniatures for tuba and piano

Uma das sessões da próxima 6ª feira, dia 20 de Novembro, terá como objecto as Três Miniaturas para tuba e piano, do compositor norte-americano Anthony Plog.

Como sempre, deixo aqui a partitura e uma versão em vídeo da peça, para criar uma familiaridade com a música antes da apresentação.

Nota: como verão, na partitura estão desactivadas as funções de download e de impressão, por estar a música ainda sob direitos de autor. Enquanto ao vídeo, não será a versão ideal, particularmente no que toca à qualidade do som, mas será suficiente, espero, para formar uma ideia da música.


3 Miniatures PLOG